quarta-feira, 4 de junho de 2008

POESIA 05 - COMUNHÃO

COMUNHÃO

Quero comungar os meus desejos
Sentimentos fraternos nos teus beijos.
Beijos de gratidão.
Que faz voar mundos afora
Pensando em te,
Na tua dedicação, no teu amor ao próximo.
E nas noites do meu sudoeste,
Perambulando ruas afora
Aquecendo almas viventes com teus caldeirões de sopa.
Que mata e alimenta!
Que nutre e faz viver almas, que no acaso do destino,
Obstinadas e loucas
Liberdade dos sem tetos,
Que perambulam ruas afora
E que comungam o descaso da sorte,
Nos becos,
Nas esquinas,
Nas calçadas,
E nas sarjetas.
No vento frio do meu sudoeste, a fome, a miséria, a peste.
E, tu! Com a tua afeição apostoláica,
Estende a tua mão,
Que alimenta e mata.
Nesta comunhão de dar e não receber nada em troca!
Então DEUS lhe pague na eternidade.


Vitória da conquista,16.05.97. Alfredo Dy Daí.

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